EM DESAGRADO Passo por escombros de cidades
Fundadas por velhos utopistas.
De carro, na avenida de seis pistas,
Zuno no entardecer perplexidades… Através de distintas realidades,
Ressignifico a vida sem conquistas,
Juntando minhas rimas pessimistas
À luz de mais e mais desigualdades. Veem-me civilizado, engravatado,
Embora passe a vida em desagrado:
Outro poeta n’um mundo sem poesia. Eu guio, devagar e indiferente,
Por via de tão-só seguir em frente,
Mas sob um céu lilás de fantasia.